Som no Salão abre a temporada de shows 2014

Publicado em: 03/09/2014

De setembro a dezembro, serão cinco apresentações gratuitas no Salão de Atos da UFRGS: Gustavo Telles e os Escolhidos, Quiçá, se Fosse, Apocalypse, Bianca Obino e Motivos Óbvios

Crédito Marcelo Leães - 1 (800x466)

 No dia 24 de setembro inicia a programação da quarta edição do Som no Salão. Desenvolvido e coordenado pela administração do Salão de Atos, o projeto tem o objetivo de promover a acessibilidade e firmar uma ação cultural para este espaço, a partir da diversidade de sua programação e de acordo com a política cultural da Universidade.

Neste ano, 87 projetos musicais participaram do edital. A qualidade e a diversidade dos trabalhos inscritos, assim como ocorreu nas edições anteriores, reforçam a importância de criar essa oportunidade e incentivar a cena musical autoral brasileira.

Buscando manter a diversidade da programação do Som no Salão, foram selecionados artistas dos mais diversos estilos musicais e com propostas singulares, para se apresentarem nas cinco datas previstas no edital: 

  • 24 de setembro: Gustavo Telles & Os Escolhidos,
  • 8 de outubro: Quiçá, se Fosse
  • 29 de outubro: Apocalypse
  • 12 de novembro: Bianca Obino
  • 10 de dezembro: Motivos Óbvios

24 de setembro – Gustavo Telles & Os Escolhidos

Crédito - Tiago Capelini -2 (800x533)A abertura do projeto Som no Salão 2014 será com Gustavo Telles & Os Escolhidos, apresentando o espetáculo “Eu perdi o medo de errar”, que mostra na íntegra as canções do álbum homônimo, lançado recentemente. No repertório, também estarão presentes algumas músicas do primeiro disco, como “Do seu amor, primeiro é você quem precisa”, “Posso me perder”, “Passo a passo” e “Quero mais”, entre outras. Leia a notícia completa desse show.

A banda “Os Escolhidos” será formada por um excelente time de instrumentistas, com Alexandre “Papel” Loureiro (bateria), Luciano Leães (órgão),  Murilo Moura (piano), Marcio Petracco (pedal steeel e guitarra), Daniel Mossmann (guitarra e violão),   Luciano Albo  (baixo, violão e vocal),  Edu Meirelles (baixo),  Mauricio Nader (guitarra e vocal), Julio Rizzo (trombone), Rodrigo Siervo (sax tenor), Rodrigo Fischmann, Felipe Kautz e Diogo Brochmann (vocais), além de outros dois músicos que integrarão o naipe de sopros.

Eu Perdi o Medo de Errar, nova obra musical do cancionista Gustavo Telles, também conhecido por ser o baterista da Pata de Elefante (banda instrumental que encerrou suas atividades em março de 2013), é uma autêntica “viagem sonoro-sentimental” por paragens folk rock, blues, soul, dixieland, da música brasileira, entre outros gêneros pelos quais o músico melodiosamente se movimenta.

O disco é uma espécie de pequeno “compêndio amoroso”, no qual Telles desfia uma série de músicas que tocam diretamente o coração.  Contudo, o cancioneiro reunido no álbum convida, também, a uma abordagem existencialista, para a necessidade de lidar-se com a mudança. É latente, no disco, a ideia de recomeçar e de prosseguir. E, musicalmente, se pode afirmar que o álbum – sucessor do primogênito Do Seu Amor, Primeiro é Você Quem Precisa, de 2011 – é uma legítima poção sonora, cuja “feitiçaria” é aperfeiçoada pela luxuosa escolta fornecida pelo combo “Os Escolhidos”, que acompanha Telles.

8 de outubro – Quiçá, se Fosse

Quiçá, se Fosse - © André Paz   (800x533)A segunda apresentação do Som no Salão será um encontro proposto pela Quiçá, se Fosse. A banda é uma dupla formada pelos cantautores Róger Wiest e André Paz que desde o seu surgimento, em 2011, tem chamado a atenção na cena autoral de Porto Alegre com seu trabalho de sonoridade peculiar: uma mistura de elementos presentes na música latino-americana com influências da música pop e MPB.  Com um repertório totalmente autoral, a dupla apresenta um grande leque de possibilidades sonoras com a ajuda de uma variedade de instrumentos, efeitos digitais, loops e a participação da própria plateia.

A proposta que surge para o Som no Salão é a Quiçá, se fossemos, um show que pretende celebrar as parcerias musicais que a dupla realizou até o momento. Essa apresentação traz a participação de 13 músicos e conta com nomes representativos na música popular de Porto Alegre como Marcelo Delacroix e Tonho Crocco, assim como de artistas da nova safra de compositores como Pramit Almeida e Carmen Correa. O show também conta com a participação dos instrumentistas Bruno Vargas e Carlos Ferreira da revelação instrumental Quarto Sensorial, Andrei Corrêa da Banda Trem Imperial e as cantoras e percussionistas do Expresso 25, Valentina e Macarena Sol Trindade.

A Quiçá, se Fosse também se destaca por produzir excelentes e bem humorados videoclipes de suas canções. Parte desse material se transformou em DVD com indicação ao Prêmio Açorianos de Música 2012/2013 nas categorias Melhor DVD e Revelação do Ano. Todo material da banda pode ser acessado em www.quicasefosse.com.br.

29 de outubro – Apocalypse

Apocalypse - Divulgacao02 (800x533)A terceira atração do Som no Salão é o rock progressivo do grupo Apocalypse, de Caxias do Sul. Com letras cantadas em português faziam um estilo de rock diferente dos grupos brasileiros dos anos 1980. Em oposição ao movimento punk, foram inspirados pelas chamadas “super” bandas dos anos 1970, compositores e intérpretes de alta qualidade técnica e artística oriundos do rock progressivo. Dentre as influências estão os grupos Yes, Genesis, Rush e Pink Floyd. Desde o início a opção do Apocalypse foi sempre por uma postura de inovação e criação artística fora dos padrões veiculados pela mídia brasileira e os programas de auditório da época.

A música do Apocalypse é original, criativa e rica em detalhes. As composições são desenvolvidas além dos três minutos típicos da canção urbana aproximando o rock da música erudita. O Apocalypse também faz uso proeminente de instrumentos não convencionais ao rock como a flauta, o violino e teclados eletrônicos, particularmente sintetizadores Moog, órgão Hammond, piano eletrônico e samplers. A construção rítmica das músicas conta com o uso de síncope, compassos compostos e mistos sendo que algumas peças usam múltiplos andamentos e tempos. Não somente a voz, mas todos os instrumentistas do Apocalypse também são solistas nas composições, demonstrando virtuosismo e feeling. O grupo também escreve sobre temas que englobam o espiritualismo, religião, fantasia e ficção científica.

Em 2013 a banda lança seu terceiro DVD intitulado The Bridge of Light, que também  foi lançado na Europa pela gravadora Musea. O grupo tocou na abertura do show do grupo inglês YES, ícone mundial do rock progressivo. Em 2014 o Apocalypse inovou novamente e lançou o videoclip da música “On the Way to the Stars” no formato interativo e 360graus em que o usuário pode clicar na imagem e mover com o mouse. É possível acessar o videoclip e os materiais do grupo no site www.apocalypseband.com.

12 de novembro – Bianca Obino

capa (533x800)A compositora e instrumentista Bianca Obino é a quarta atração do projeto. Retornando da Inglaterra onde passou o último ano cursando mestrado em “Songwriting” (Composição de Canção) na Bath SPA University, a musicista apresentará o show “Bianca Obino Artesã” com as canções de seu primeiro disco, novidades inéditas do segundo intitulado Translated que está em concepção, com participações do músico Killy Freitas e da atriz Elaine Regina, fazendo coreografias em libras. O show de abertura da noite será de Killy Freitas.

De acordo com Bianca, “ARTESÃ’ é o resultado de um trabalho iniciado em 2008, período em que passou a refletir sobre o processo de composição. “Entre os sons, as palavras e os sentidos, percebi que conceber e executar músicas usando apenas o violão e minha voz era algo especialmente minucioso, na tentativa de atingir uma sonoridade única para cada canção, ressaltando os detalhes, deixando florescer o que há de peculiar em cada obra. Por dizer com voz e tocar com as próprias mãos, considero-me uma artesã – na busca deste resultado estético-musical e no manejo das ‘tramas’ desta vida que muito me faz aprender.”

Bianca Obino se vale de gêneros característicos da música popular brasileira (como Samba, Baião, Ijexá e Xote) para ressaltar aspectos de suas letras que remetem, em grande parte, a obras literárias (caso das canções “Caracol”, “Redemunho” e “Fazedor de Guarda-Chuvas”), fatos coletivos marcantes (“Morro à Chama”), crônicas (“A Chave do Tamanho”) e aspectos do imaginário cultural brasileiro.

10 de dezembro – Banda Motivos Óbvios

Motivos 01 (800x646)Encerrando a edição 2014 do Som no Salão, a Banda Motivos Óbvios traz ao palco um show constituído por um reggae dançante que mescla o Reggae Roots, o Ska, o Raggamuffim, o Soul e o Pop. No repertório composições autorais executadas por músicos que trazem em seu currículo passagem pelas mais variadas bandas e estilos musicais: A vocalista Marietti Fialho é acompanhada por Antônio Gedari  (Geda) também no vocal, Renato Lubianca no vocal e na guitarra, Henrique Branka no vocal e percussão, Rick Carvalho no baixo e Fernando Catatau na bateria.

A Banda que surgiu na década de 1990 volta aos palcos para comemorar seu aniversário numa celebração musical com a participação de convidados, ainda a confirmar.  A banda Motivos Óbvios realiza um trabalho musical e cultural inspirado por um dos ritmos negros que, como acreditam seus integrantes, mais evolui em todos os tempos: o reggae. Possui uma personalidade singular, adquirida através da fusão das raízes Negras com as modernidades da música pop mundial.

SOM NO SALÃO

DATAS: 24/9, 8/10 e 29/10, 12/11 e 10/12.

HORÁRIO: 20h

LOCAL: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

Entrada Franca. Serão aceitas doações de 1kg de alimento nos dias da apresentação.

Acompanhe a programação completa em: www.ufrgs.br/salaodeatos  e facebook.com/somnosalao.

Mais informações: [email protected] | (51) 3308 3058

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