O duo Quiçá, Se Fosse que está concorrendo como revelação do ano e melhor DVD pelo Açorianos foi recentemente contemplado com o edital Ecarta Musical e fará uma única apresentação gratuita no próximo sábado, dia 8 de junho, com a participação especial de Tiago Rubens
No dia 8 de junho (sábado), às 18h, a Fundação Ecarta (Av. João Pessoa 943) estará com entrada livre para quem quiser assistir às revelações da canção popular gaúcha. A dupla de cancioneiros André Paz e Róger Wiest (Quiçá, Se Fosse) recém indicados ao Prêmio Açorianos de Música, convida o músico Tiago Rubens (ganhador do 4º festival de Rádio Públicas) para uma noite dedicada a canção e suas histórias.
O repertório da apresentação é composto de músicas da Quiçá, Se Fosse, que entraram em seu DVD gravado em 2012 e músicas do CD Tropicarnaval de Tiago Rubens. Novamente, o show reserva surpresas para quem já está familiarizado com o som do duo. O convite feito a Tiago Rubens propõe versões diferenciadas, mesclando os timbres vocais com uma ampliação instrumental.
Quiçá, Se Fosse
Revisitando elementos presentes na música latino-americana, a Quiçá, Se Fosse, duo porto-alegrense formado pelos músicos André Paz e Róger Wiest apresenta diálogos poéticos entre letra e música, buscando uma ponte entre a poesia escrita e a cantada. Sempre contextualizando suas canções, contando ao público as histórias e inspirações por trás de suas canções, os músicos elegem a canção, sendo a mistura entre poesia e música, como sua forma de expressão. Em um show totalmente autoral, tendo como inspirações romances como O velho e o mar de Hemingway, Enquanto a noite não chega de Josué Guimarães, a poesia bucólica de Fernando Pessoa e seus próprios questionamentos e anseios, a dupla apresenta um grande leque de possibilidades sonoras com a ajuda de diversos instrumentos, efeitos digitais, loops e a participação da própria platéia.
Tiago Rubens: Um gaúcho com pé no samba e no mundo
(Texto de Luís Nenung)
Tiago não nasceu no berço do samba. Gaúcho por si só já distancia de nossas referências as possibilidades do samba dar pé. Mas não é que deu? Criado no litoral apaixonou-se desde sempre pelo mar, pela praia e pela música. Tentando dar nome pra paixão cursou Letras na PUC, mas a poesia foi mais forte que a academia e o puxou. Retirado em uma ilha da Bahia redescobriu sua música no balanço radical do Brasil e nela derramou sua poesia.
De amor ao desencontro, da malandragem na forma ao comentário humorado de nossa realidade flutuante, Tiago foi além. Além do previsto – por bater pé no ritmo do samba com a tal cidadania sulista. Além do limite na sua coragem de ser músico e achar seu jeito próprio de repartir isso no mundo sem buscar por fórmulas fáceis nem caminhos forjados.
Na sua música se acha muito de Chico, Caetano – que ele devorou por anos até se sentir mais saciado -, ainda Alceu Valença, Milton, Amarante, Ramil, Luis Vagner, Tom Zé… Mixados com Brian Wilson, Jack White, Beirut e Horácio Guarany. Quem decifra? É mais fácil do que parece ouvindo as músicas do moço.
Elegância, humor e sensibilidade cruzam qualquer fronteira.
QUIÇÁ, SE FOSSE NA FUNDAÇÃO ECARTA
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DE TIAGO RUBENS
Quando: 8 de Junho (sábado)
Onde: Fundação Ecarta (Av João Pessoa 943)
Horário: 18h
ENTRADA FRANCA