Contemplado pelo Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc, “Das redes ao Estado – o capital político no Cinema Novo”, do pesquisador Luciano Miranda, marca os 60 anos do movimento que revolucionou a cultura brasileira
Brasil dos anos 1960, crise política, intervencionismo estatal, ditadura militar. Esse é o pano de fundo do livro “Das redes ao Estado – o capital político no Cinema Novo”, do pesquisador Luciano Miranda, que será lançado em julho pela editora Diadorim. Contemplado pela Lei Aldir Blanc, da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, o livro resgata aspectos políticos do Cinema Novo, movimento que revolucionou a cultura brasileira e que está completando 60 anos.
A narrativa mostra um grupo de jovens que não só queria fazer filmes, mas buscava reconhecimento artístico e sucesso comercial; projetava uma indústria, mercado, políticas e instituições nacionais que dessem conta da estruturação das diversas etapas da realização cinematográfica. Cacá Diegues, David Neves, Glauber Rocha, Gustavo Dahl, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman, Nelson Pereira dos Santos e Paulo César Saraceni formariam o núcleo central do movimento Cinema Novo, ao lado de Roberto Farias, que seguiria caminho próprio, sem estar de todo afastado dos demais cineastas. Tiveram êxito. E pode-se afirmar que inventaram o moderno cinema brasileiro ao retratarem os traços culturais que formam nossa nação, povo, contradições e desigualdades do país. Fizeram história, permaneceram na história e, a respeito deles, muitas histórias foram contadas.
“Das redes ao Estado – o capital político no Cinema Novo” apresenta um enfoque novo sobre a conquista dos cineastas: enfatiza a importância de terem integrado “redes sociais” estendidas no tempo e no espaço – brasileiro e internacional – por meio das quais circularam recursos materiais e simbólicos. E destaca o trabalho dos jovens que ocuparam espaços, dirigiram a Embrafilme e influenciam até hoje quem pensa o cinema no país.
O projeto contempla tiragem de mil exemplares, sendo que metade será distribuída em bibliotecas públicas e comunitárias do Rio Grande do Sul e instituições culturais.
O lançamento será em julho, em evento híbrido – presencial na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, e com transmissão ao vivo online.Há ainda uma programação de lançamentos, com cursos, palestras e workshops gratuitos nas cidades de Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Ijuí, Bagé e Santo Ângelo. As datas serão divulgadas em breve.
Luciano Miranda é professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutor em Ciência Política pela UFRGS (2008), e Mestre em Comunicação e Informação pela mesma universidade (2000). Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais (UFRGS) e Comunicação Social (UFRGS). Membro da rede Démocratie Electronique (DEL), Université Paris Est Créteil, e do Colegiado Setorial do Audiovisual do Rio Grande do Sul. Integra a Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) e a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos – Associação Brasileira de Documentaristas – Rio Grande do Sul (APTC-ABD-RS). É autor dos livros Jornalismo On-Line (Passo Fundo: UPF Editora,2004), Pierre Bourdieu e o Campo da Comunicação (Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005), Sociologia Fundamental Clássica (Santa Maria: UFSM NTE, 2019). Também escreveu dezenas de artigos e capítulos de livros sobre temas na interface das ciências sociais, a comunicação e o cinema.
A Diadorim foi criada em 2016 pelos jornalistas Flávio Ilha e Denise Nunes. Estreou no mercado com o livro de crônicas Todos querem ser Mujica, de Moisés Mendes – que foi um sucesso de vendas. Em menos de quatro anos, publicou mais de 20 livros de jornalismo, ficção e poesia.
Projeto executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Lei Aldir Blanc no 14.017/20.
A Assessoria de imprensa desse projeto é da Dona Flor Comunicação. Confira outras divulgações que fizemos para a Diadorim Editoria.