Acordeonista Alejandro Brittes levará o chamamé para um dos símbolos mais importantes da humanidade, as ruínas de São Miguel. Apresentação será no dia 3/12, com entrada de 1Kg de alimento não perecível
Depois da extensa turnê pelos Estados Unidos e diversos shows pelo Rio Grande do Sul, o acordeonista argentino radicado em Porto Alegre Alejandro Brittes se prepara para encerrar o ano de 2023 com um show emblemático. Ele apresentará o premiado álbum (L)ESTE no Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, popularmente conhecido como Ruínas de São Miguel das Missões, no domingo (3/12), às 19h30, com entrada de 1kg de alimento não perecível, que será destinado para a aldeia Tekoá Koenn’ju.
O espetáculo é o ápice de todo o trabalho que o artista vem realizando este ano – e recebendo inúmeros elogios da crítica especializada, ao apresentar as origens ancestrais do chamamé, a partir da fusão de elementos da musicalidade dos povos originários, os Guaranis, com a música Barroca europeia ensinada pelos Padres Jesuítas nos povos missioneiros. “Vai ser um momento emocionante. O chamamé, patrimônio imaterial da humanidade, sendo apresentado nas ruínas de São Miguel, outro patrimônio da humanidade”, comenta Brittes.
Para este concerto, o músico e compositor estará acompanhado de uma Orquestra de Câmara Barroca, composta por Márcio Cecconello (primeiro violino), Renata Cecconello (segundo violino), Érico Marques (oboé e corner inglês), Pablo Schinke (cello), Fernando Cordella (cravo e regência), junto com a Orquestra Folclórica de Chamamé composta por André Ely (violão de sete cordas), Carlos Eduardo de Césaro (contrabaixo) e Ricardo Arenaldth (percussão).
O concerto propõe um crossorver musical baseado na pesquisa antropológica e etnomusical realizada por ele e pela produtora e historiadora Magali de Rossi em 2021, intitulada “A Origem do Chamamé – Uma história para ser contada”.
Com repertório autoral de Brittes, as músicas ganham arranjos e readaptação para orquestra de Câmara Barroca, assinados por Fernando Cordella. Também conta com duas sonatas barrocas compostas pelo Padre Jesuíta Domenico Zipolli (1688 -1726).
O projeto (L)ESTE é viabilizado pela Lei Rouanet – Ministério da Cultura com o patrocínio das empresas Arroz Prato Fino – Pirahy alimentos, Redemaq, Viera Cereais São Miguel das Missões e Roda Pneus com apoio da Prefeitura Municipal de São Miguel (RS), Hotel Tenondé e Iphan – Instituto Brasileiro do patrimônio histórico e artístico. A realização e produção é de Magali de Rossi produções e Eduardo Bicca – Soluções Culturais.
DATA: Domingo, 3 de dezembro de 2023
HORÁRIO: 19:30h
LOCAL: Em frente às ruínas de São Miguel (RS)
ENTRADA: 1KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL
Espetáculo possui medidas de acessibilidade.
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Acordeonista, compositor, pesquisador e interprete de música do litoral Argentino com nove discos gravados. Estudou música acadêmica na Escola Juan Pedro Esnaola, possui 30 anos de difusão do Chamamé pelo mundo apresentando-se em vários países como: Estados Unidos, Canadá, Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Portugal, Espanha, França, Itália, Áustria, Alemanha e República Tcheca.
Venceu como melhor instrumentista o festival de Cosquin em 1996 com uma música autoral. Ganhou o prêmio Revelação da música Ramallo Porá e o prêmio Carlos Keen como melhor instrumentista e grupo musical e no mesmo ano, em 1996, venceu o Festival Nacional del Chamamé de Federal, Entre Ríos (AR) e o prêmio Açorianos de música 2022 com o álbum (L)ESTE na categoria de melhor arranjo.
Pesquisa as origens musicais do ritmo Chamamé, preocupando-se com a identidade do gênero, devido a isso, em 2021 publica o Livro bilíngue: “A origem do Chamamé” junto com a historiadora e produtora cultural Magali de Rossi sendo este um dos mais vendidos na Amazon Brasil na categoria artes daquele ano.
Realizou turnês com artistas como: Chango Spasiuk, Raúl Barboza, Os Fagundes, Elton Saldanha e Shows com nomes brasileiros como Luiza Possi. Como solista, tocou com a Orquestra Sinfônica de Mato Grosso do Sul e Orquestra de Câmara Versatellis.
Gravou com nomes argentinos como o grupo de rock “Los Piojos” nos álbuns “ Tercer Arco” e “Azul” nas músicas “Todo Pasa”, “Don’t say tomorrow”, “Vals inicial” e “Y qué más” e com Luiza Calcumil, Raúl Barboza, Antonio Ríos, dentro outros.
Em 2023, tornou-se o primeiro acordeonista chamamecero a tocar na Library of Congress, Edifício Thomas Jefferson – Auditório Coolidge em na capital dos EUA, Washington D.C e palestrar sobre o Chamamé em universidades de excelência em pesquisas musicológicas como Georgetown University em Washington, D.C. e George Mason University em Fairfax, VA.
Conceituado pelo Norte Americano Mark Brill, PHD em música da Universidade do Texas – EUA, no livro “Music of Latin America and the Caribbean”, como um dos três principais acordeonistas do gênero.
LESTE é um crossover entre o ritmo Chamamé e a música barroca – projeto inédito, o primeiro gravado neste estilo, em que o Chamamé dialoga com sua origem erudita. Composto por oito faixas, o álbum foi gravado ao vivo na Igreja La Salle em Canoas (RS), e busca representar a estética sonora de uma igreja missioneira. Toda a ambiência possui o propósito de conectar a uma caverna onde o homem primitivo começou a fazer música.
A orquestração é composta por uma orquestra de câmara barroca, com instrumentos de época como cravo, oboé, viola da gamba, violoncelo, primeiro e segundo violino, além dos instrumentos musicais populares do Chamamé como violão de sete cordas, contrabaixo e acordeão e a incorporação de percussão.
Entre os músicos que participam do projeto, estão especialistas reconhecidos em seus naipes, como Diego Schuck Biasibetti, no violoncelo e viola da gamba; Javier Baldinder, no Oboé; e Giovani dos Santos e Márcio Cecconello, nos violinos, além de Fernando Cordella, ao cravo.
A orquestração popular chamamecera fica a cargo de André Ely, no Violão de sete cordas; Carlos Eduardo de Césaro, no Contrabaixo; Ricardo Arenhaldt, com a percussão; e Alejandro Brittes, no acordeón.
Além das composições autorais de Brittes, o álbum conta com duas sonatas barrocas compostas no século 17 pelo Padre Jesuíta Domenico Zipoli, e a última faixa, “Rio acima”, criada pelo violonista André Ely. Nas músicas “Amanece”, “Gotas de verano” e “Vientos del Este”, Brittes compartilha a autoria com o acordeonista Odair Teixeira. Já “Caiboaté”, é compartilhada com André Ely, bem como o tema “El viento y las hojas”, que também tem autoria de Lucas da Rocha.
(L)ESTE foi premiado no Açorianos de música 2022 na categoria arranjos.
Dona Flor Comunicação
Raphaela Donaduce Flores | jornalista
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