Contemplado pelo Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc, livro marca os 60 anos do Cinema Novo, movimento que revolucionou a cultura brasileira. Lançamento será na quarta-feira (7/7), às 20h, na Casa de Cultura Mario Quintana
Na quarta-feira (7/7), a Diadorim Editora realiza o lançamento do livro “Das redes ao Estado – o capital político no Cinema Novo”, de Luciano Miranda. O evento presencial gratuito está marcado para às20h, na Sala Eduardo Hirtz, da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 762). Haverá um bate-papo entre o autor e Zeca Brito, diretor e roteirista brasileiro, sobre o processo de construção da obra. Para participar, é necessário inscrição prévia pelo Sympla. O lançamento também será transmitido pelo canal youtube.com/ifchdaufrgs e facebook.com/ifchdaufrgs.
Contemplado pela Lei Aldir Blanc, da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, “Das redes ao Estado – o capital político no Cinema Novo” resgata aspectos políticos do Cinema Novo, movimento que revolucionou a cultura brasileira e que está completando 60 anos. Como pano de fundo, está o Brasil dos anos 1960, crise política, intervencionismo estatal e ditadura militar.
A narrativa mostra um grupo de jovens que não só queria fazer filmes, mas buscava reconhecimento artístico e sucesso comercial; projetava uma indústria, mercado, políticas e instituições nacionais que dessem conta da estruturação das diversas etapas da realização cinematográfica. Cacá Diegues, David Neves, Glauber Rocha, Gustavo Dahl, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman, Nelson Pereira dos Santos e Paulo César Saraceni formariam o núcleo central do movimento Cinema Novo, ao lado de Roberto Farias, que seguiria caminho próprio, sem estar de todo afastado dos demais cineastas. Tiveram êxito. E pode-se afirmar que inventaram o moderno cinema brasileiro ao retratarem os traços culturais que formam nossa nação, povo, contradições e desigualdades do país. Fizeram história, permaneceram na história e, a respeito deles, muitas histórias foram contadas.
“Das redes ao Estado – o capital político no Cinema Novo” apresenta um enfoque novo sobre a conquista dos cineastas: enfatiza a importância de terem integrado “redes sociais” estendidas no tempo e no espaço – brasileiro e internacional – por meio das quais circularam recursos materiais e simbólicos. E destaca o trabalho dos jovens que ocuparam espaços, dirigiram a Embrafilme e influenciam até hoje quem pensa o cinema no país.
O projeto contempla tiragem de mil exemplares, sendo que metade será distribuída em bibliotecas públicas e comunitárias do Rio Grande do Sul e instituições culturais. Pode ser adquirido por R$ 45 nas principais livrarias e pelo site da editora: diadorimeditora.com.br
Além do evento de lançamento em Porto Alegre, está prevista uma programação com cursos, palestras e workshops gratuitos nas cidades de Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Ijuí, Bagé e Santo Ângelo.As datas serão divulgadas em breve.
DATA: QUARTA-FEIRA (7/7)
HORÁRIO: 20H
LOCAL: SALA EDUARDO HIRTZ – CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA
INSCRIÇÕES GRATUITAS:https://www.sympla.com.br/lancamento-do-livro–das-redes-ao-estado—o-capital-politico-no-cinema-novo-por-luciano-miranda__1265649
TRANSMISSÃO:youtube.com/ifchdaufrgs e facebook.com/ifchdaufrgs.
Luciano Miranda é professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutor em Ciência Política pela UFRGS (2008), e Mestre em Comunicação e Informação pela mesma universidade (2000). Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais (UFRGS) e Comunicação Social (UFRGS). Membro da rede Démocratie Electronique (DEL), Université Paris Est Créteil, e do Colegiado Setorial do Audiovisual do Rio Grande do Sul. Integra a Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) e a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos – Associação Brasileira de Documentaristas – Rio Grande do Sul (APTC-ABD-RS). É autor dos livros Jornalismo On-Line (Passo Fundo: UPF Editora,2004), Pierre Bourdieu e o Campo da Comunicação (Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005), Sociologia Fundamental Clássica (Santa Maria: UFSM NTE, 2019). Também escreveu dezenas de artigos e capítulos de livros sobre temas na interface das ciências sociais, a comunicação e o cinema.
A Diadorim foi criada em 2016 pelos jornalistas Flávio Ilha e Denise Nunes. Estreou no mercado com o livro de crônicas Todos querem ser Mujica, de Moisés Mendes – que foi um sucesso de vendas. Em menos de quatro anos, publicou mais de 20 livros de jornalismo, ficção e poesia.
Projeto executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Lei Aldir Blanc no 14.017/20.