A mais antiga e primeira dos Sete Povos das Missões, São Borja é a próxima cidade na rota de Alejandro Brittes. Apresentação será no dia 11/11, na Praça da Lagoa, com entrada franca
Depois de uma extensa turnê pelos Estados Unidos, o acordeonista Alejandro Brittes volta ao Brasil e apresentará o premiado álbum (L)ESTE pela primeira vez em São Borja, no dia 11 de novembro, às 21h, na Praça da Lagoa (Tv. Gen. Lima, 43 – Centro), com entrada franca. A cidade tem uma grande importância na relação com o trabalho e pesquisa de Alejandro, por ser a mais antiga e a primeira dos Sete Povos das Missões.
Para este concerto, o músico e compositor estará acompanhado de uma Orquestra de Câmara Barroca, composta por Giovani dos Santos (primeiro violino), Márcio Cecconello (segundo violino), Érico Marques (oboé e corner inglês), Diego Schuck Biasibetti (cello e viola da gamba), Fernando Cordella (cravo e regência), junto com a Orquestra Folclórica de Chamamé composta por André Ely (violão de sete cordas), Carlos Eduardo de Césaro (contrabaixo) e Ricardo Arenaldth (percussão).
O concerto propõe um crossorver musical baseado na pesquisa antropológica e etnomusical realizada por ele e pela produtora e historiadora Magali de Rossi em 2021, intitulada “ A Origem do Chamamé – Uma história para ser contada”.
Este espetáculo foi apresentado recentemente em Porto Alegre, com o Theatro São Pedro lotado e vem recebendo inúmeros elogios da crítica especializada.
(L)ESTE é um concerto de Chamamé, em que o ritmo dialoga com sua matriz ancestral, com sua origem primária, do resultado do encontro gerado nos 30 povos missioneiros entre a musicalidade e ritualidade dos Guaranis com a música Barroca ensinada pelo Padres Jesuítas, paradigma cultural que com o tempo, e sob força da memória coletiva, deram as condições iniciais para a criação do ritmo Chamamé.
O espetáculo contém repertório autoral de Brittes, com arranjos e readaptação para orquestra de Câmara Barroca, assinados por Fernando Cordella. Também conta com duas sonatas barrocas compostas pelo Padre Jesuíta Domenico Zipolli (1688 -1726).
O próximo show de Alejandro Brittes será no dia 3/ 12 em frente às Ruínas de São Miguel, em São Miguel das Missões (RS).
O projeto (L)ESTE é viabilizado pela Lei Rouanet – Ministério da Cultura com o patrocínio das empresas Arroz Prato Fino – Pirahy alimentos, Redemaq e Roda Pneus com apoio da Prefeitura Municipal de São Borja (RS). A realização e produção é de Magali de Rossi produções e Eduardo Bicca – Soluções Culturais.
DATA: 11 de novembro de 2023
HORÁRIO: 21h
LOCAL: Praça da Lagoa (Tv. Gen. Lima, 43 – Centro – São Borja)
ENTRADA FRANCA
Espetáculo possui medidas de acessibilidade.
Assista o concerto (L)ESTE:
https://youtube.com/playlist?list=PLwL9kBuCVhra6-YUMvl45EFiiEUVBFD6L
Escute o Álbum:
https://youtube.com/playlist?list=PLwL9kBuCVhrapzrClmQl8WwNCBM5nEyBr
Veja os clipes:
https://youtube.com/playlist?list=PLwL9kBuCVhrYWVNAT6maTRTbhgbpXc2U3
Acordeonista, compositor, pesquisador e interprete de música do litoral Argentino com nove discos gravados. Estudou música acadêmica na Escola Juan Pedro Esnaola, possui 30 anos de difusão do Chamamé pelo mundo apresentando-se em vários países como: Estados Unidos, Canadá, Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Portugal, Espanha, França, Itália, Áustria, Alemanha e República Tcheca.
Venceu como melhor instrumentista o festival de Cosquin em 1996 com uma música autoral. Ganhou o prêmio Revelação da música Ramallo Porá e o prêmio Carlos Keen como melhor instrumentista e grupo musical e no mesmo ano, em 1996, venceu o Festival Nacional del Chamamé de Federal, Entre Ríos (AR) e o prêmio Açorianos de música 2022 com o álbum (L)ESTE na categoria de melhor arranjo.
Pesquisa as origens musicais do ritmo Chamamé, preocupando-se com a identidade do gênero, devido a isso, em 2021 publica o Livro bilíngue: “A origem do Chamamé” junto com a historiadora e produtora cultural Magali de Rossi sendo este um dos mais vendidos na Amazon Brasil na categoria artes daquele ano.
Realizou turnês com artistas como: Chango Spasiuk, Raúl Barboza, Os Fagundes, Elton Saldanha e Shows com nomes brasileiros como Luiza Possi. Como solista, tocou com a Orquestra Sinfônica de Mato Grosso do Sul e Orquestra de Câmara Versatellis.
Gravou com nomes argentinos como o grupo de rock “Los Piojos” nos álbuns “ Tercer Arco” e “Azul” nas músicas “Todo Pasa”, “Don’t say tomorrow”, “Vals inicial” e “Y qué más” e com Luiza Calcumil, Raúl Barboza, Antonio Ríos, dentro outros.
Em 2023, tornou-se o primeiro acordeonista chamamecero a tocar na Library of Congress, Edifício Thomas Jefferson – Auditório Coolidge em na capital dos EUA, Washington D.C e palestrar sobre o Chamamé em universidades de excelência em pesquisas musicológicas como Georgetown University em Washington, D.C. e George Mason University em Fairfax, VA.
Conceituado pelo Norte Americano Mark Brill, PHD em música da Universidade do Texas – EUA, no livro “Music of Latin America and the Caribbean”, como um dos três principais acordeonistas do gênero.
LESTE é um crossover entre o ritmo Chamamé e a música barroca – projeto inédito, o primeiro gravado neste estilo, em que o Chamamé dialoga com sua origem erudita. Composto por oito faixas, o álbum foi gravado ao vivo na Igreja La Salle em Canoas (RS), e busca representar a estética sonora de uma igreja missioneira. Toda a ambiência possui o propósito de conectar a uma caverna onde o homem primitivo começou a fazer música.
A orquestração é composta por uma orquestra de câmara barroca, com instrumentos de época como cravo, oboé, viola da gamba, violoncelo, primeiro e segundo violino, além dos instrumentos musicais populares do Chamamé como violão de sete cordas, contrabaixo e acordeão e a incorporação de percussão.
Entre os músicos que participam do projeto, estão especialistas reconhecidos em seus naipes, como Diego Schuck Biasibetti, no violoncelo e viola da gamba; Javier Baldinder, no Oboé; e Giovani dos Santos e Marcio Cecconello, nos violinos, além de Fernando Cordella, ao cravo.
A orquestração popular chamamecera fica a cargo de André Ely, no Violão de sete cordas; Carlos Eduardo de Césaro, no Contrabaixo; Ricardo Arenhaldt, com a percussão; e Alejandro Brittes, no acordeón.
Além das composições autorais de Brittes, o álbum conta com duas sonatas barrocas compostas no século 17 pelo Padre Jesuíta Domenico Zipoli, e a última faixa, “Rio acima”, criada pelo violonista André Ely. Nas músicas “Amanece”, “Gotas de verano” e “Vientos del Este”, Brittes compartilha a autoria com o acordeonista Odair Teixeira. Já “Caiboaté”, é compartilhada com André Ely, bem como o tema “El viento y las hojas”, que também tem autoria de Lucas da Rocha.
(L)ESTE foi premiado no Açorianos de música 2022 na categoria arranjos.